domingo, 12 de junho de 2016

Novamente Pensando na Saúde


        No mês passado na sexta-feira que antecedeu ao dia das mães, ouvi uma notícia que me deixou pensativa. Uma professora, de 40 anos, mãe de três filhos menores de 12 anos, estudante de pedagogia como nós, que no sábado faria as fotos para sua formatura, marcada para agosto próximo. Ela após um mês cuidando de sua mãe que estava doente, hospitalizada e veio a falecer no dia primeiro de maio, acordou naquela sexta-feira, disse ao seu marido que sentia uma leve dor na garganta, provavelmente seria uma gripe, depois de tantos dias de idas e vindas ao hospital. Encaminhou-se para o banheiro para preparar-se para os afazeres do dia, cuidados com seus filhos, administração do lar, compromissos profissionais e acadêmicos entre outros que todas nós, mulheres conhecemos bem. Em seguida seu esposo ouvindo um barulho no banheiro, foi verificar encontrou-a caída no chão, chamou socorro e após inúteis tentativas de reanimá-la, foi constatada sua morte por infarto.
           Tendo ouvido esse relato de uma colega de trabalho minha, colega de aula dela, imediatamente lembrei-me que no semestre passado, nas primeiras aulas do seminário integrador II, a profª Cíntia ao nos propor a tabela do tempo, nos alertou para que, diante dos compromissos que começávamos a assumir com nossa vida acadêmica, deveríamos nos organizar e fazer escolhas  para realizarmos nossas atividades e damos atenção a outros aspectos de nossas vidas, como vida profissional, familiar, cuidados pessoais e cuidados com a saúde. Realmente, não raro ouço depoimentos de colegas e confesso me identifico com eles, são muitos compromissos e algumas vezes os cuidados com a saúde são negligenciados, consultas que deixamos de marcar, exames que demoramos a fazer ou protelamos o retorno ao médico para levar os resultados.

        Eu não a conhecia, mas noticia me deixou muito sensibilizada, por pensar nos sentimentos daquelas colegas que caminharam juntas trilhando um caminho como o nosso e que mesmo tendo adiado as fotos daquele sábado, fizeram-nas dias depois, na ausência física de uma colega. Tendo-a, cada uma em seu pensamento e lembrança. E também por seus filhos, que em tão tenra idade, passaram este último dia das mães sentindo uma ausência que nenhum de nós quer sentir. O meu objetivo nesse relato é o de fazer o seguinte alerta: temos que dar conta de dezenas de atribuições e compromissos que nos são imputados ou que assumimos semanalmente, sem deixar de estar atentas para a fragilidade da vida e a preciosidade que é desfrutar dela com saúde, na companhia daqueles que amamos. Cuidem-se. 




Sugestão de leitura:

http://diariodebiologia.com/2014/05/4-coisas-que-voce-pode-sentir-alguns-dias-antes-de-um-ataque-cardiaco/