segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Pensando avaliação
                

        Nesses últimos dias do ano em que estou, na escola, terminando de redigir os pareceres descritivos do segundo semestre, avaliando o crescimento e o desenvolvimento dos alunos diante das atividades experiências e vivências ofertadas. Consequentemente avalio também meu desempenho durante o ano como professora. Ao ver os progressos dos alunos, posso identificar o resultado minhas ações. Pensar avaliar e repensar meu trabalho, para cada vez mais contribuir para a formação dos meus pequenos.  

        
        É tão bom chegar ao final do ano e ver como crescemos todos juntos.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Brincar na Escola


       Assistindo o vídeo “Caramba Carambola o Brincar tá na Escola”, lembrei-me de um texto que fiz algum tempo atrás pensando em meus pequenos alunos, inspirada pelo curta metragem Sentimentário. A turminha tinha como brinquedo preferido nas idas ao pátio alguns pneus coloridos que tínhamos lá. Nós professoras, a cada dia éramos surpreendidas por uma nova brincadeira criada pelas crianças com os pneus.


Pneu:
É um brinquedo que usamos no pátio,
Todos os colegas gostam,
E cada dia inventamos mais formas de brincar
Entramos dentro, rolamos ele,
Colocamos pedrinhas, bolinhas e até laranjas dentro.
Um dia é meu carro, na outra minha moto,
Às vezes minha casa.
No início do ano era muito pesado para alguns,
Mas com o passar do tempo conseguimos dominá-lo.
Ainda bem que temos vários,
Assim todos podem brincar muito.







://www.youtube.com/watch?v=aibvzuELn18


sábado, 5 de dezembro de 2015



FINAL DO SEMESTRE CHEGANDO





      Essa frase de Rubem Alves ilustra e de certa forma explica os sentimentos que me acompanham nesse final de semestre. Workshop, Retrato da Escola, conclusão das interdisciplinas, postagens no blog, juntamente com outros compromissos profissionais e pessoais. Sinto-me angustiada, presa, amarrada, meus pensamentos se misturam e fogem.
       Aguardo as borboletas, elas virão, lindas, fortes e saudáveis. Dando ao final de 2015 mais colorido e alegria.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

  O Brincar na Infância


                       “Há um menino
                       Há um moleque
                       Morando sempre no meu coração
                       Toda vez que o adulto balança
                       O menino me dá a mão...”
                                                         Milton Nascimento



Pensando a importância do brincar na infância me deparei com algumas questões e considerei pertinente trazê-las para este espaço:
-Quanto d’àquela criança que fomos está presente no adulto que somos?  
-Quantas vezes recorremos a ela no enfrentamento e na resolução de nossos problemas e dificuldades?
Brincando a criança experiencia as mais variadas situações e aprendizagens, se expressa e se relaciona de diversas formas: oralmente, afetivamente, artisticamente e se relaciona com os espaços, com o tempo, com o outro e com suas próprias vivências e habilidades.

O que não vivemos nas brincadeiras da infância, tanto no faz de conta, como nas brincadeiras que envolvem a coordenação motora e as que envolvem regras, temos mais dificuldade de compreender e vivenciar, quando adultos. Quantos medos podemos enfrentar brincando?   

domingo, 22 de novembro de 2015

Pensando a transferência na relação professor/aluno

 Na semana passada a mãe de uma aluna de três anos me disse que a filha diz que quando crescer será professora, segundo a mãe a menina diz: “que nem minha prof. Gi”. Claro que em todos esses anos de trabalho outras vezes ouvi relatos como esse. Mas dessa vez, penso que pelos estudos recentes sobre o desejo de saber e transferência na relação professor/aluno, meu sentimento foi diferente. Lembrei-me imediatamente que quando eu era criança, eu queria muito ser parecida com uma amiga da minha família, que eu gostava muito, me dava muita atenção e carinho, me ouvia e eu criança sentia que ela respeitava meus sentimentos. Ela tinha características físicas muito diferentes da minha família, era descendente de alemães, clara, alta, uma mulher muito grande, e na minha família toda são baixos. Eu dizia: “quando eu crescer vou ser igual a Lurde”, como era chamada, e todos riam. Mas na verdade o que eu queria era ser “o que ela era para mim”. Ao ouvir esse relato pensei que muitas vezes para meus alunos eu sou. A Lurde não era uma professora, e a relação que tive com ela, como uma das primeiras relações que estabeleci fora do círculo familiar, foi muito marcante em minha vida. Considero muito semelhante as relações que estabelecemos com os alunos na Educação Infantil. E sei que muitas vezes transferi para meus professores a confiança e os sentimentos que tinha por ela. Autorizando-os a entrarem em minha vida e desejando muito aprender com eles. Com tudo isso concluo que a transferência também pode se dar, tendo como referência não somente o relacionamento com os pais, mas também a relação com um professor anterior, principalmente nos dias atuais, em que cada vez mais cedo as crianças chegam à escola, e lá estabelecem as primeiras relações fora da família. É muito importante acolher a criança, muitas vezes ainda bebê, transmitindo-lhe segurança para que desenvolva sentimentos de confiança, respeito e por que não dizer amor em relação ao professor, para que essa relação sirva de como modelo, mesmo que inconsciente para relações futuras.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Primeiras Reflexões

No dia 31 de agosto tivemos a primeira aula presencial do semestre. Nessa aula fomos convidadas a pensar na infância. Mas para mim foi muito emocionante estar novamente em aula como aluna. Na mesma semana, na quinta-feira, mais uma aula presencial, seminário integrador I, em que de tão nervosa (ou ansiosa, não sei bem), esqueci até a senha do meu email. Adaptação de horários, trânsito, dirigir por lugares em que não estava habituada, já que não sou muito experiente, novos lugares, novas, pessoas, novos desafios, novas ferramentas, enfim, um turbilhão de pensamentos, sentimentos e emoções tomando conta de mim, que até hoje sinto dificuldade de organizar para escrever, comecei várias vezes. Mas vamos lá! As interdisciplinas me fizeram viajar no tempo. Primeiro pensar nas “infâncias”: a que tive juntamente com meus irmãos, em que não tínhamos muita participação no mundo adulto, brincávamos em um pátio grande, poucas obrigações, e algumas privações, já que nossa família tinha poucos recursos, a mãe trabalhava em casa e o pai trabalhava bastante, mas em suas horas de folga sempre nos dava atenção, cantava e contava ‘’causos’’, como ele dizia, repetindo os que mais gostávamos. Em contrapartida, não nos era permitido fazer muitas perguntas, com frequência ouviamos como resposta: “isso não é assunto pra criança”. Pensei na infância relatada por meus pais, em que muito cedo as crianças passavam a assumir tarefas hoje consideradas de adultos, se responsabilizando pelos cuidados com os irmãos menores, pela casa e pela alimentação deles, outros acompanhavam os pais no trabalho, ali também trabalhando como os adultos, mas segundo eles essas tarefas, embora pesadas e cercadas de cobranças e exigências, eram feitas naturalmente, pois era a vida que eles conheciam. Na escola pouco iam, se tivessem dificuldades, era melhor não insistir, se aprendeu a ler já está bom, se já cresceu é melhor ir trabalhar. A infância de meus filhos, em um primeiro momento cuidados em casa por mim, depois pela avó, em alguns períodos, e também indo para a creche, que naquela época começava a ter um olhar não apenas de cuidar, mas também de educar, em casa sem tantas privações, mas ainda com algumas dificuldades, sempre precisando esperar um pouco para ter seus desejos atendidos, ou tendo que lidar com a frustração de não ser atendido. Observando as crianças com as quais trabalho, percebo que cada vez mais cedo, vão para a escola, onde são cuidadas e estimuladas em todos os aspectos. Passam lá muitas horas do dia. A maioria são filhos únicos, têm em casa muitos brinquedos, , seus pais têm como objetivo dar a elas o que não tiveram em sua infância, mas não têm tempo, pois trabalham muito para satisfazer suas necessidades e vontades, estimulando assim o consumismo cada vez mais cedo, como vimos em aula. Porém ainda tem crianças que vivem uma infância como a minha, como a de meus pais, cada indivíduo vive sua história como ela se apresenta, de forma única. Mesmo em uma mesma família, e ao mesmo tempo a percepção de cada um é diferente. Junto a todos esses pensamentos, vieram as memórias provocadas pela interdisciplina de Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, como escolhi ser professora, lembranças, momentos especiais, comidas, cheiros, pessoas que já se foram, outras que há muito não vejo, músicas muitas músicas, minhas primeiras lembranças escola, o processo de alfabetização, que para mim foi tranquilo. Foi muito bom reviver tudo isso, para seguir em frente encarando as dificuldades com o moodle, fóruns, blogs, enfim, essas novas ferramentas, esse novo jeito de estudar, tudo isso que é novo para mim, e por vezes me deixa inquieta e desconcentrada, me leva e pensar o quanto muitas vezes a sala de aula e todas aquelas informações que vamos tentando passar para nossos alunos podem ser apavorantes se eles estiverem, preocupados com outros assuntos, ou passando por alguma situação difícil, como por exemplo adaptação a uma nova rotina ou escola.

O Inconsciente

Lendo e relendo os textos e as postagens das colegas nos fóruns, além dos exemplos postados pensei em outra questão recorrente, que percebo no dia a dia, em que penso estar presente a influência do inconsciente. Muitas vezes encontramos pessoas, colegas que dizem não sei fazer “isto” ou “aquilo”, não tenho essa criatividade, geralmente referindo-se a coisas ligadas às artes à expressão. O que me faz pensar que muitas dessas pessoas cresceram em um momento social e político em que não havia liberdade de expressão. Naquela época o poder político, a sociedade, a escola e as famílias cerceavam a liberdade de expressão e consequentemente a criatividade das crianças ficava limitada. Para se adaptar, ser aceito e sobreviver, poderiam as crianças, optar por não se arriscar, não se manifestar, negando sua criatividade, guardando-a no inconsciente. Ao tornarem-se adultos, mesmo em um momento diferente, mantêm no inconsciente as sansões que sofreram, juntamente com o desejo de se manifestar. E, apesar de ter conhecimento da importância, da autonomia para seus alunos acabam por repetir em algumas situações os modelos autoritários que tiveram na infância. Mas quando em algum momento da vida têm a possibilidade de se expressar, experimentam grande satisfação libertando a criatividade aprisionada daquela criança que foram um dia.

A Maquinaria Escolar

Após a leitura do texto "A Maquinaria Escolar" e a aula presencial do dia 05/10/2015, fica cada vez maior minha inquietação sobre a necessidade de mudanças, pois estamos há muito tempo reproduzindo a mesma escola, a mesma estrutura, a mesma organização, a mesma forma de trabalhar.Sendo que o mundo mudou, as crianças que temos hoje são outras. É evidente que as mudanças precisam acontecer, que bom que já estão acontecendo, mesmo que a passos lentos, o que acredito não ser de todo ruim. Pois a ruptura total com os padrões estabelecidos, pode resultar em grande fragilidade. Felizmente temos muitos profissionais empenhados nisso. Mas há um sistema estabelecido do qual somos fruto, e com o qual é muito difícil romper totalmente. Sendo que grande parte dos profissionais que temos hoje têm aquele modelo de educação, e não somente nas salas de aula, no trabalho direto com os alunos. Mas também na direção das escolas, na coordenação pedagógica e nas secretarias de educação. E muitas vezes agem sobre nos professores da mesma forma extremamente autoritária que agiam "aqueles" professores que tivemos. Nos é dito que o aluno precisa ter autonomia, mas o professor não tem. Como podemos oferecer o que não temos? Se escola modeladora não serve mais para os alunos, como pode servir para os professores?

quarta-feira, 16 de setembro de 2015



     Olá! Bem vindo ao meu blog!

      Sou Gislane, moro em Sapucaia, trabalho em Canoas desde 1996, atualmente em uma turma mista de Berçário e Maternal I.   Cursei Magistério em 2003, iniciei Pedagogia, mas não concluí. Até pensei que estava fora dos meus planos, mas sempre gostei de estudar e estou sempre procurando aprender mais para melhor desenvolver meu trabalho junto as crianças. Ao tomar conhecimento desse vestibular decidi fazê-lo,  a princípio para ver como me sairia.  Para minha surpresa consegui, fiquei muito feliz, me dei contra de que era algo que eu queria muito, e ao mesmo tempo fique muito apavorada, por que após todos esses anos sem estudar formalmente estou me deparando com recursos que não domino: fóruns, mensagens, ambientes virtuais diversos, os quais, eu que até poucos meses atrás, nunca havia enviado um email sozinha, tenho pouca intimidade. Precisando, para isso, com frequência, pedir ajuda para os meus filhos e para as colegas, estou me aventurando, cada atividade, um novo desafio. Por enquanto essa é a parte que mais me preocupa, utilizar os esses recursos   para realizar as tarefas adequadamente. Ao mesmo tempo que essas questões me preocupam, também reconheço que já estou evoluindo, esse blog consegui criar sozinha, só seguindo as orientações (sei que é só o comecinho!). Também já participei nos fóruns. Fico um pouco apreensiva e insegura  já que sempre fui uma aluna que na maioria das vezes,  assistia as aulas sem dizer nada.
        Bem, por enquanto é isso, até a próxima postagem!