quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Ser Imigrante no Brasil


Para concluir os estudos na interdisciplinar de Questões Étnico-racial na Educação Sociologia e História fomos convidadas a realizar um trabalho em grupo a proposta inicial era escolher uma história que tivesse como foco o preconceito e sobre essa história produzir um vídeo. Fiz o trabalho com as colegas Roselane e Simone. Após muito conversarmos escolhemos contar a chegada e a trajetória dos imigrantes no Brasil neste caso contamos a história de uma professora, neta de imigrantes italianos, que enfrentou dificuldades com a comunicação. Primeiramente teríamos que elaborar um roteiro para produção de um vídeo. Trago o relato desse trabalho, que trouxe para minhas colegas e eu novos conhecimentos e nos possibilitou compartilhá-los com os colegas.
Por volta de 1959 ela teve o primeiro contato com a língua portuguesa ingressou ela seus 13 irmãos na escola onde as técnicas de aprendizagem eram escritas na lousa com giz, o aprendizado se dava pela repetição das palavras, um detalhe que chama a atenção é de que uma professora para uma turma de 1° a 4° serie. Um tempo depois trocou de escola. Numa outra cidade próxima a sua casa e veio a conhecer o primeiro lápis, a borracha e o papel, foi o seu primeiro contato com o material escolar. Conta que a professora era de etnia negra muito querida e bastante autoritária as atividades eram divididas no quadro em três partes 1° serie, 2° série e 3° serie obteve o auxílio de algumas crianças e mostrava ilustrações para a fala das palavras. Nas brincadeiras de roda, recreio, intervalos quando as crianças brincavam partilhavam a merenda o lanche percebera e as crianças falavam palavras pejorativas sobre a professora foi sua primeira constatação do preconceito racial que levou a questionar seus colegas por que estavam agindo daquela maneira a resposta a sua pergunta era de que a professora hora era uma negra. Mas com o tempo estas crianças passam a perseguir ela e seus irmãos praticando bullying, por dois motivos: pela condição econômica e pelo sotaque.

Apesar do trauma, que segundo ela,  por muito tempo demorou a superar diz que somente através  do conhecimento pôde se tornar a pessoa que é hoje. A superação foi motivada pela vontade de vencer através do estudo, que  seu pai afirmava que faria toda a diferença para mudar o preconceito que estavam sofrendo. Hoje recebemos imigrantes refugiados vindo em busca da sobrevivência já que na grande maioria estão fugindo da guerra onde o direito pela vida lhes foi tirado. 

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