sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Final do Eixo VI



                     É chegada a hora de construir a síntese reflexiva do eixo VI. Desta vez uma nova proposta: a síntese deve ser construída tendo como pano de fundo o filme “Como Estrelas na Terra, Toda criança é especial”. Relacionar o filme, o cotidiano escolar e os conceitos estudados.  Para tanto devemos nos apoiar nos estudos do semestre, textos, atividades e postagens do blog.

                    Já havia assistido ao filme, ao rever pude fazer novas constatações. Espero conseguir desenvolver na síntese tudo que aprendi nesse semestre e no decorrer do curso.


Resultado de imagem para como estrelas na terra filme


Referências: 
Estrelas na Terra, Toda criança é especial. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4>

Um Pouco Mais Sobre Inclusão

O texto final da interdisciplina Educação de Pessoas Portadoras de Necessidades Educacionais Especiais traz várias dicas preciosas de estratégicas pedagógicas que podem ser utilizadas em sala de aula com o objetivo de transformá-la num ambiente inclusivo. Práticas de inclusão em educação são todas as ações dos educadores (professores, técnicos pedagógicos, gestores, funcionários...) que promovam a participação plena do aluno em seu processo educacional e na vida cotidiana da escola. Por participação plena queremos dizer o usufruto do aluno, qualquer que seja ele, daquilo que lhe é direito: ser educado na escola. E ser educado, é sempre bom lembrar, significa aprender tanto conteúdos curriculares quanto a conviver com a comunidade escolar. Como praticar a Inclusão? A primeira pergunta que você precisará fazer para orientar sua prática é: de que modo posso garantir a participação de meus alunos nas aulas, de forma que eles tanto aprendam o que quero ensinar (em termos de conteúdos disciplinares e de comportamento) quanto a utilizar estes ensinamentos na vida – e em especial, na vida cotidiana na escola? Em sentido mais geral, alguns aspectos a considerar são relativos ao contexto desta aprendizagem: como é esta escola? Qual é o seu projeto político pedagógico? Quais os seus recursos humanos, físicos e materiais?  Que tipo de valores perpassam por ela?
“ Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo. ” (FREIRE, 1987, p. 69). À afirmação do mestre e professor Paulo Freire, citada acima, acrescentaríamos: E o melhor mediador do mundo é o professor! Se você pretende ser um professor orientado por princípios de uma educação inclusiva, a primeira coisa a fazer é reconhecer que, justamente por sermos professores – aquele profissional que, necessariamente, vive de estudar – não sabemos tudo. O que nos diferencia de outros profissionais não é saber as coisas, mas sim procurar saber delas. O professor é aquele que sempre está disposto a aprender. O “professor inclusivo” tem esta consciência em grau potencializado, pois se encanta com a diversidade humana e sabe que, por mais que acumule conhecimentos, nunca terá a garantia de que tudo o que sabe é suficiente para cada nova situação educacional.
Referências:

SANTOS, Mônica Pereira dos. Práticas De Inclusão Em Educação: Dicas Para Professores.  Programa de Pós-graduação em Educação | Faculdade de Educação | UFRJ. Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2232629/mod_resource/content/1/10.%20Pr%C3%A1ticas%20de%20Inclus%C3%A3o%20em%20Educa%C3%A7%C3%A3o.pdf>

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Preconceito. De Onde Vem?



 A proposta foi relatar uma situação de preconceito, vivida ou presenciada.
 Algumas vezes já vivi ou presenciei situações de preconceito, de diversas formas. Mas o relato que farei foi o que mais me impactou. Por ter vindo de uma pessoa que em seu discurso estava trabalhando de forma a combater o preconceito. 
 Há alguns anos na escola em que trabalho uma colega empenhou-se em desenvolver um projeto, em sua turma de crianças de 5 anos, intitulado “Somos Todos Iguais na Diferença”. Com o objetivo de trabalhar a diversidade presente na turma. Foi um projeto longo, muitos trabalhos, grande envolvimento, muita divulgação, tudo certo.
No final daquele ano, nós professores da escola saímos para um passeio de confraternização, em um sitio, desses que oferecem várias opções de atividade e lazer, passeio a cavalo, restaurante, piscina... lá também estavam grupos de outros lugares. Estávamos na piscina, a colega na água e eu tomando sol, ela convidou-me para irmos a outro espaço e apressou-se em sair. Enquanto saíamos ela falou:
 - Vamos que o pessoal da cozinha chegou!
A sua fala naquele momento causou-me um misto de surpresa, espanto e indignação. Perguntei então:
 - Como assim? E tudo o que trabalhaste o ano inteiro com teus alunos?
    Ao que ela respondeu:
 - Ah, Gi! Esses eu não conheço. Trabalho é trabalho. 

                   A partir desse relato algumas certezas e dúvidas surgiram e deverão ser respondidas, confirmadas ou refutadas.
·         O preconceito existe.
·         Ninguém nasce preconceituoso.
·         As pessoas têm consciência que suas atitudes preconceituosas?
·         De onde vem o preconceito?



Erro... Ilusão...



O texto "As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão”, de Edgar Morin cita um fato histórico onde diz que o ocidente europeu por muito tempo, acreditou, ser proprietário da racionalidade, vendo apenas erros, ilusões e atrasos nas outras culturas e julgava qualquer cultura sob a medida de seu desenvolvimento tecnológico. 
Para acontecer melhoria e avanços em nossa pratica pedagógica o professor deve desacomodar-se mudar o roteiro criar novas possibilidade neste sentido me refiro a criar atividades diferentes daquela em que todo ano repete as mesmas atividades do seu diário de classe explorar ir além se for ao contrario limitara seu aluno.
É necessário ser o professor que pesquisa, que se questiona, que reflete sobre sua pratica   e vai em busca de novas leituras afinal tudo muda se atualiza. Buscando o equilíbrio.

Referências
MORIN, Edgar. “As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão" ... (2002): Disponível em:<https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2216502/mod_resource/content/1/AS%20CEGUEIRAS%20DO%20CONHECIMENTO.pdf  >

MÉTODO CLÍNICO PIAGETIANO



                   A Conservação Do Volume


Material: massa de modelar, um copo com água, atilho.
1. Apresenta-se à criança um copo com água e uma bolinha de massa de modelar. Pede-se que a criança marque o nível da água com a borrachinha. Pergunta-se a ela: se eu colocar esta bolinha na água, o que acontecerá?
2. Realiza-se a experiência e pergunta-se a ela o que viu acontecer. Marca-se o segundo nível da água. Pergunta-se o que vai acontecer ao retirar a bolinha.
3. Apresenta-se uma bolinha igual à primeira. O que você acha que vai acontecer?
4. Realiza-se a experiência e pergunta-se o que ela viu acontecer. Marca-se o nível e pergunta-se o que irá acontecer ao retirar-se a bolinha.
5. Transforma-se uma bolinha em salsicha e pergunta-se o que irá acontecer se a colocarmos na água. Realiza-se a experiência. Pergunta-se o que viu acontecer. Marcha-se nível e pergunta-se o que ocorrerá se a retirarmos.
6. Faz-se o mesmo com a salsicha em pedaços.
7. Não se esquecer das contra-argumentações
Convenções:
Fonte em itálico: professora
Fonte em negrito: aluno M, tem 9 anos e seis meses, aluno do 3º ano.
Fonte normal: observações.

Transcrição da prova
Você pode responder umas perguntinhas pra mim? Posso. Essas duas bolinhas, que você está vendo assim na sua frente, elas são iguais ou elas são diferentes? São iguais. São iguais. Elas têm o mesmo tamanho?  Agora eu vou colocar água aqui nesse copo. Está vendo este copo? Quanto de água ele tem? Agora eu vou marcar quanto de água ele tem - coloco um atilho ao redor do copo no marcando a quantidade de água – está marcado no lugar certinho? Confere para mim. Está certinho marcando onde tem agua? Tá.  Se eu colocar uma dessas bolinhas aqui dentro o que tu achas que vai acontecer? Ela vai desmanchar? Com a água, o que tu achas que vai acontecer com a água? Não sei. Olha bem... vamos tentar? - Coloco uma bolinha na água. - O que que aconteceu com a água? Ela ficou grande? Será que a agua ficou grande? Ele afirma que sim.- Como é que tu vês isso? Ela passou ali.- Mostra com o dedo o nível da água. Passou mais alto? Então vou marcar onde ela passou, tá? - Marco com outro atilho o nível da água. Enquanto faço isso ele pega a outra bolinha, na tentativa de antecipar uma possível ação. Vou perguntar outra coisa. – Peço que confira a marcação - E se eu tirar a bolinha lá de dentro, o que tu achas que vai acontecer? Vai baixar. Vai baixar de novo? Como é que tu sabes disso? É porque se uma bolinha caiu ali e ela aumentou, se tirar ela vai voltar como estava. Ah! Então eu vou tentar tirar. – Retiro a bolinha do copo. - E aí? Voltou?  Voltou. Voltou, está do mesmo tamanho que era antes? - Ele responde afirmativamente. - E se eu colocar essa bolinha o que vai acontecer? A mesma coisa que aconteceu com a outra.Tu queres tentar? - Ele coloca a bolinha na água. E aí? - Eu pergunto. Aumentou.  Ficou igual? Então tá! Agora eu vou tirar, e aí vai voltar? Vai. Vai ficar como antes, tu achas? - Retiro a bolinha e cuido para não retirar a marcação. - Ficou? - Ele concorda. Agora eu vou fazer assim. Transformo uma bolinha em salsicha. Coloco ao lado da bolinha e pergunto: - Elas têm a mesma quantidade. Ou uma tem mais do que a outra? Essa tem mais. - Responde apontando para a massinha em forma de salsicha. E se eu botar ela dentro do copo o que tu achas que vai acontecer?  Vai aumentar ainda mais. Vai aumentar ainda mais, tu achas? Vamos tentar então? Passou da linha? Só um pouquinho. Ficou na segunda linha que a gente tinha botado ou aumentou mais ainda? Ficou na segunda linha. Na segunda linha, então tá. E agora se fizer a mesma coisa com aquela lá, o que tu achas que vai acontecer?  Vai acontecer a mesma coisa. Vai aumentar pro mesmo lugar? Vai.  Mas tu não disseste que esta aqui tinha mais? Disse! Vamos tentar, tu dizes que vai acontecer a mesma coisa, mas se uma tinha mais que a outra... então tenta. – Ele coloca a massinha no copo, e eu pergunto: - e aí? Aumentou até a segunda linha A mesma coisa? Então podemos tirar? Podemos. Agora vou te fazer outra pergunta, e se essa aqui eu cortar ela em vários pedacinhos e colocar ali dentro, o que tu achas que vai acontecer?  Vai crescer. Vai crescer. Muito? Vai crescer mais que a outra? Acho que sim. Acha que sim? Vai passar da linha?  Acho que vai. Acha que vai, então vamos tentar, pode botar. E aí, passou da segunda linha? Não.  E foi assim que tu pensaste? Foi. Mas tu disseste que ia passar da segunda linha. - Ele movimenta a cabeça, parecendo não ter certeza – quanto tu pensaste que ia passar? Pensei que ia passar até aqui. – Apontando com o dedo um pouco acima da marcação. Mas não passou?  Não. Então tá. Posso fazer a mesma coisa com o outro? Vai fazer a mesma coisa com o outro? Então faz. Tem a mesma quantidade? Tem. Então vamos tentar de novo. E aí? Ficou na segunda linha. E tu pensou que ia ficar na segunda linha? Pensei. Agora tu pensaste? Agora eu pensei. Então deu certo o que tu tinhas pensado? Sim. Então tá Miguel, muito obrigada pela tua ajuda hoje.  Agora eu vou lavar as minhas mãos.

Observei que o menino se manteve interessado na realização da atividade. Sem dificuldade em responder as perguntas feitas. Ele se encontra ainda no estádio pré-operatório, pois demostrou ainda não possuir a capacidade de conservação de volume, nesta atividade.








Quadro Estágios do Desenvolvimentos



                   Ao comparar os quadros encontrei algumas diferenças entre eles. Características que se repetiram em mais de um estádio e eu classifiquei em apenas um, como egocentrismo presentes nos estádios sensório motor e pré-operatório. E capacidade de jogar jogos com regras e autonomia moral nos estádios operatório concreto e operatório formal. Pensamento proporcional, classifiquei como operatório concreto surge a noção de número e´ operatório concreto. E por fim Heteronomia que classifiquei como, como operatório concreto no quadro preenchido consta como pré-operatório, penso ser esta uma característica que perpassa pelos dois estádios, já que a autonomia moral que a sucede surge no final do operatório concreto.  

Sensório-motor
Média até dois anos
Pré-operatório
Média dos 2 aos 7 anos
Operatório concreto
Média dos 7 aos 12 anos
Operatório formal
Média a partir dos 12 anos
Período marcado pela ação sobre a realidade, sem representação da mesma
Início da capacidade de representação da realidade
Capacidade para realizar operações a nível mental, porém, relativas ao mundo concreto
Pensamento probabilístico
Inteligência prática
Antropomorfismo
Capacidade para fazer classificações e seriações
Raciocínio sistemático, com controle de variáveis
Egocentrismo
Raciocínio transdutivo
Surge a noção de número
Capacidade para pensar em termos hipotéticos
Não conservação do objeto, ou seja, o objeto deixa de existir quando sai do campo visual
Pensamento irreversível
Surge a reversibilidade do pensamento
Pensamento proporcional
Anomia
Artificialismo
Surge a conservação das propriedades físicas do objeto, como quantidade, peso e volume
Capacidade de jogar jogos de regras

Pensamento mágico
Capacidade de jogar jogos de regras
Descentração do pensamento

Egocentrismo
Descentração do pensamento
Análise combinatória

Centração do pensamento
Autonomia moral
Autonomia moral

Pensamento intuitivo



Pensamento centrado na percepção



Animismo



Realismo



Realismo nominal



Heteronomia



Ser Imigrante no Brasil


Para concluir os estudos na interdisciplinar de Questões Étnico-racial na Educação Sociologia e História fomos convidadas a realizar um trabalho em grupo a proposta inicial era escolher uma história que tivesse como foco o preconceito e sobre essa história produzir um vídeo. Fiz o trabalho com as colegas Roselane e Simone. Após muito conversarmos escolhemos contar a chegada e a trajetória dos imigrantes no Brasil neste caso contamos a história de uma professora, neta de imigrantes italianos, que enfrentou dificuldades com a comunicação. Primeiramente teríamos que elaborar um roteiro para produção de um vídeo. Trago o relato desse trabalho, que trouxe para minhas colegas e eu novos conhecimentos e nos possibilitou compartilhá-los com os colegas.
Por volta de 1959 ela teve o primeiro contato com a língua portuguesa ingressou ela seus 13 irmãos na escola onde as técnicas de aprendizagem eram escritas na lousa com giz, o aprendizado se dava pela repetição das palavras, um detalhe que chama a atenção é de que uma professora para uma turma de 1° a 4° serie. Um tempo depois trocou de escola. Numa outra cidade próxima a sua casa e veio a conhecer o primeiro lápis, a borracha e o papel, foi o seu primeiro contato com o material escolar. Conta que a professora era de etnia negra muito querida e bastante autoritária as atividades eram divididas no quadro em três partes 1° serie, 2° série e 3° serie obteve o auxílio de algumas crianças e mostrava ilustrações para a fala das palavras. Nas brincadeiras de roda, recreio, intervalos quando as crianças brincavam partilhavam a merenda o lanche percebera e as crianças falavam palavras pejorativas sobre a professora foi sua primeira constatação do preconceito racial que levou a questionar seus colegas por que estavam agindo daquela maneira a resposta a sua pergunta era de que a professora hora era uma negra. Mas com o tempo estas crianças passam a perseguir ela e seus irmãos praticando bullying, por dois motivos: pela condição econômica e pelo sotaque.

Apesar do trauma, que segundo ela,  por muito tempo demorou a superar diz que somente através  do conhecimento pôde se tornar a pessoa que é hoje. A superação foi motivada pela vontade de vencer através do estudo, que  seu pai afirmava que faria toda a diferença para mudar o preconceito que estavam sofrendo. Hoje recebemos imigrantes refugiados vindo em busca da sobrevivência já que na grande maioria estão fugindo da guerra onde o direito pela vida lhes foi tirado. 

História e Cultura Indígena


O estudo da história e da cultura indígena na escola está regulamentado por uma lei federal. Trata-se da Lei nº 11.645/2008 que cria a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura dos povos indígenas nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio do país. Podemos perguntar por que uma lei para obrigar esse estudo? Adianta haver uma lei que cria a obrigatoriedade se são poucos os professores preparados para levar adiante esse estudo com a abordagem que merece? O ensino da história e da cultura indígenas nas escolas de ensino fundamental e médio previstos na lei é um caminho no sentido da educação intercultural? Essas e outras perguntas ocorrem cada vez que abordamos a temática indígena e sua relação com a escola, hoje mais do que nunca, é uma preocupação nos meios escolares e acadêmicos “conhecer para valorizar. ”
No vídeo “Olhar indígena” Daniel Munduruku, escritor da literatura indígena para trabalhar com esta literatura, explica que o livro é um instrumento muito importante para conscientizar as pessoas a respeito das culturas indígenas que ainda são muitos desconhecidas muito mal compreendidas no contesto do Brasil. Diz que tem feito um esforço muito grande para produzir material tanto para facilitar que outros indígenas entrem no mercado editorial e tenha com isto não apenas um ganho financeiro e principalmente um ganho cultural. Destaca a capacidade dos povos indígenas em usarem a sua cultura a seu favor e com isto terem um retorno de suas próprias ações. Durante muito tempo foi promovido eventos, políticas de inserção em espaços públicos, mas que às vezes esquece que temos um patrimônio que não é material e sim imaterial, que são os nossos conhecimentos, aquilo que os nossos velhos guardaram na memória. E esse conhecimento, esse saber tem sido pouco explorado por nossos povos. É claro que para explorar é necessário que haja conhecimento e para conhecer é preciso estudar e organizar as ideias, para que se possa ter o registro concreto algo material em nossas mãos. Entre outras coisas a educação para nossos povos é algo muito importante é um processo fundamental para a formação do ser humano. A criança indígena tem por educação viver harmoniosamente com o ambiente em que vive, a natureza a sua volta torna-se algo inseparável, integrada de modo que ela se perceba parte do ambiente e não alguém que explora o ambiente. Explora no sentido econômico financeiro. A educação que a criança indígena recebe em sua comunidade não precisa de material didático, o material é dado pela própria natureza. A criança indígena é tratada como criança não pode ser tratada como um adulto, ou querer ser ou desejar ser um adulto. O que uma criança precisa para viver plenamente ela precisa de espaço ela precisa brincar e nas brincadeiras e jogos desenvolver a sua criatividade, por que é isto que vai prepara-la para atuar como adulto.
 Na fala de Daniel Manduruku podemos refletir sobre a maneira que nossas crianças estão sendo incluídas no mundo desde o seu nascimento. O quanto é importante respeitar as etapas de seu desenvolvimento e possibilitar que ela viva plenamente a sua infância. Como educadores levar para sala de aula a cultura indígena através dos jogos, brincadeiras e costumes é possibilitar esta interculturalidade.

Referências
BERGAMASCHI, Maria Aparecida; MENEZES, Ana Luisa Teixeira. Crianças Indígenas, Educação, Escola e Interculturalidade Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS Disponível em <interculturalhttps://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1329344>

MUNDURUKU, Daniel.   “Olhar indígena” – vídeo . disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=730&v=WSyjdc4QKsE

Questões Étnico-raciais

 A interdisciplina Questões Étnico-raciais  na Educação: Sociologia e história é um convite a reflexão sobre as relações de raça e etnia na educação, contextualizando os movimentos e grupos étnicos e raciais nos diferentes tempos e espaços, com ênfase no estudo das questões: afro e indígenas no Brasil e no Rio Grande do Sul. Com a leitura dos textos e reflexões teórico-práticas que nos possibilitou a compreensão da diversidade étnico-racial, na complexidade social em que cada um se insere e se constitui, individual e coletivamente. Para tal compreender o lugar histórico de cada indivíduo sua etnia é de fundamental importância entendermos como os povos de matriz africana “Afrodescendentes" foram tratados na história e construção dos costumes que levaram ao um sistema de preconceito e racismo estrutural que levou a atual desigualdade social. A luta dos movimentos sociais que ajudaram a criar leis representadas através de políticas públicas com o objetivo de reparação ao retrocesso vivido por estes povos.
Algumas situações vivenciadas no cotidiano escolar são originadas na cultura que alimenta esta desigualdade.  Com o objetivo de contribuir para uma cultura de paz foi criado pelo Ministério da Educação / Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade: Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais Brasília: SECAD, 2006.  A cartilha entre outros assuntos traz Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana PARECER CNE/CP 003/2004. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº. 001/2004 - LEI 10.639/03. Dando suporte aos professores na sua prática pedagógica com as crianças, adolescentes e adultos nas instituições de educação.
                      Infelizmente ainda esbarramos na falta de cumprimento destas leis, pois para sua real efetivação é necessário sensibilização, compreensão e comprometimento dos professores, equipe diretiva e secretarias de educação.

Referencias:
.mailto:Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais Brasília: SECAD, 2006. em mailto:https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2116579/mod_resource/content/2/Orienta%C3%A7%C3%B5es%20e%20A%C3%A7%C3%B5es%20para%20a%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20das%20Rela%C3%A7%C3%B5es%20%C3%89tnico-Raciais.pdf

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Relembrando e Compartilhando Experiências sobre Inclusão


           O texto “História, conceito e tipos de deficiência”   e o vídeo da professora Izabel Maior trouxe muitos esclarecimentos quanto aos tipos de deficiências e os desafios encontrados pelas pessoas que apresentam uma ou mais deficiências. Em todos esses anos de trabalho na educação infantil tive alguns contatos com alunos com deficiência, a primeira vez que recebi um aluno de inclusão foi no ano 2000, ele ouvia, mas não falava e apresentava deficiência intelectual (cognitiva). 
              Era um menino prestes a completar 6 anos, vivendo sua primeira experiência escolar, e de interação social, pois sua família mostrava-se extremamente superprotetora e frequentar a escola de educação infantil foi recomendação médica. Em nosso primeiro encontro ele me olhava pulava e gritava, os outros alunos não presenciaram este encontro.  Eu tinha pouca experiência na época, mesmo percebendo que seria uma tarefa difícil, considerei como um desfio, e como eu tinha um vínculo muito forte com a turma em que trabalhava, busquei sensibiliza-los e consegui que colaborassem e auxiliassem na adaptação e na inclusão desse aluno. Tive apoio de técnicos da SME, psicóloga, fonoaudióloga, psicopedagoga o que considero contribuiu muito para os avanços e aprendizagens do menino que ao final daquele ano já brincava e interagia com os colegas, participava de jogos e brincadeiras, demostrava algum interesse em realizar as atividades propostas e começava a pronunciar algumas palavras. 
                   Essa foi uma experiência positiva. Depois disso já tivemos casos na escola em que nos sentimos totalmente abandonadas, à deriva, pouco ou nenhum apoio das famílias e da equipe   diretiva e da SME.    Atualmente na minha turma não tenho nenhum aluno com deficiência, mas percebo que as professoras estão mais preparadas, não só no que diz respeito ao trabalho pedagógico com os alunos portadores de necessidades educacionais especiais, como também estão buscando amparo legal para a inclusão seja efetiva. É um longo caminho.

Referências: 
MAIOR, Izabel, Historia, Conceitos e Tipos de Deficiência. Disponível em <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2206603/mod_resource/content/1/Hist%C3%B3ria%2C%20conceito%20e%20tipos%20de%20defici%C3%AAncia.pdf> acesso em 12 de janeiro de 18.

MAIOR, Izabel: BEZERRA, Benilton. DEFICIÊNCIAS e Diferenças. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=27&v=29JooQEOCvA. Acesso em 12 de janeiro de 18. 

“E se fosse ao contrário?”





        O vídeo “e se fosse ao contrário?” traz no titulo uma pergunta e um convite a reflexão   sobre deficiência, incapacidade e desvantagem. quando o ambiente é favorável, adaptado as desvantagens são reduzidas, mesmo quem apresenta deficiência, tem suas capacidades reveladas. Então é importante que se crie condições para que todos tenham oportunidades para se desenvolverem ampliando suas capacidades e potencialidades mesmo nas diferenças. 

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ED1HNWDhKaE (acesso em 10 de janeiro de 2018)

Sobre Crocodilos E Avestruzes



A autora Ligia Assumpção do Amaral, no texto: “Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação” fala sobre inclusão, dos preconceitos, mitos e barreiras que enfrentamos ao lidar com o diferente, faz isso através de metáforas e analogias.
Sobre ser diferente diz que “diferente” é tudo o que foge a um modelo
Para avaliar se alguém é diferente costumamos utilizar alguns critérios como critérios estatísticos, a média ou a moda, não são esses bons critérios. Critérios estrutural/funcional (biológicos) um pouco mais adequado, segundo a autora é e o critério de cunho psicossocial como o do tipo ideal, geralmente são padrões idealizados.
Alguns entraves cercam e dificultam o trabalho de inclusão. Primeiro os mitos que cercam a deficiência. Explica isso fazendo a analogia com os crocodilos. Dizendo que, se pensarmos num castelo medieval cercado por um fosso com crocodilos esses crocodilos seriam os mitos os preconceitos. O castelo seria a verdade sobre os fatos, a ponte então seria a oportunidade do encontro com a verdade.     Os Mitos mais comuns quando se fala em deficiências são generalização indevida, correlação linear, contagio osmótico. Outro entrave seriam as Barreiras atitudinais intrínsecas (preconceitos agem como filtros) procurando negar a diferença.
              Outra analogia que ela faz é a do Avestruz, que enfia a cabeça na terra para fugir dos perigos, agimos assim quando utilizamos mecanismos de defesa para lidar com as deficiências, negando ou afastando tudo que causa ansiedade, tensão, desconforto.  
             No texto também são conceituadas deficiência incapacidade e desvantagem:
Deficiência é aquilo que anatomicamente está faltando no corpo ou que a sua funcionalidade não está sendo atendida.
Incapacidade refere-se à restrição de atividades, é aquilo que se deixa de fazer por conta da deficiência.
Desvantagem refere-se à condição social de prejuízo, é o papel social que não se consegue fazer por conta da deficiência, da incapacidade, quando faltam condições de interação com o meio.  
             E o vídeo “e se fosse ao contrário” leva a refletir sobre esses conceitos, quando o ambiente é favorável, adaptado as desvantagens são reduzidas, mesmo quem apresenta deficiência, tem suas capacidades reveladas. Então é importante que se crie condições para que todos tenham oportunidades para se desenvolverem ampliando suas capacidades e potencialidades mesmo nas diferenças.
            Muitas vezes nos preocupamos com o fato de ainda não estarmos preparados para determinada situação, nos apegamos ao que nos falta deixando que isso nos limite, quando que o mais indicado seria analisar e administrar o que temos, e estabelecer metas para alcançar o que necessitamos. Como já vi acontecer na escola ao ser dada a notícia de que receberíamos um aluno deficiente. Antes de sua chegada já se havia criado um estereótipo, uma barreira, sem nem ao menos tomar ciência da real situação.
      Não há problema nenhum ser diferente, a deficiência existe e não há problema com ela. O problema é como que a gente lida com isto, devemos estabelecer o parâmetro de comparação que deve ser o motivo da nossa reflexão.  Como definimos a nós mesmos e como definimos o outro.


Referência:
AMARAL, Lígia Assumpção. Sobre crocodilos e avestruzes: falando das diferenças físicas, preconceitos e superação. In: AQUINO, Julio Groppa (org.). Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998, p. 11-30.


Mediação

O vídeo como o próprio título sugere, explica como foram criadas e a que se propõe as teorias da psicologia do desenvolvimento. A psicologia do desenvolvimento se pergunta sobre a interferência o tempo de vida nos processos da criança. Preocupa-se com as mudanças ao longo da vida e estuda que fatores promovem essas mudanças.   Para isso utiliza-se das Teorias psicogenéticas que priorizam a interação e a construção do conhecimento. Interação explicada da seguinte maneira por Piaget, Vygotsky e Wallon,

 

Piaget – mediação é a ação da criança. - As necessidades levam a ação, as ações serão desequilibradas pelas transformações que aparecem no mundo.

Cada nova conduta vai reestabelecer o equilíbrio e construir um equilíbrio ainda mais estável que o anterior.

 

Vygotsky – mediação pela cultura – ferramentas culturais interferindo na interação com pessoas e com o meio. 

 

Wallon –quem faz a mediação são as emoções, elas estruturam até as primeiras cognições. Podem ser consideradas como a origem da consciência, provocam mudanças na inteligência e impulsionam o desenvolvimento mental.

 

Para Piaget, cada nova conduta vai estabelecer o equilíbrio e construir um equilíbrio ainda mais estável que o anterior. Etapas sequenciais superando fases anteriores.  O desenvolvimento se dá por etapas, todo o conhecimento começou de algum ponto e assim etapas anteriores possibilitaram uma nova etapa na aprendizagem.

 

São aspectos estudados pela Psicologia do Desenvolvimento: o desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento afetivo, desenvolvimento social e desenvolvimento psicomotor.



Referências:

Introdução à Psicologia do Desenvolvimento, Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=7GEV7HOsETM . acesso em 10 de janeiro de 18.



 

Glossário - Epistemologia Genética




            Organizei um pequeno glossário com alguns termos para melhor compreender epistemologia genética, estudos do modulo 4 da interdisciplina Desenvolvimento sob o Enfoque da Psicologia II.


A aprendizagem é o resultado do processo da motivação e interesse gerados pelas provocações formuladas para gerar o interesse e, por conseguinte acarretar mudanças de comportamento e no desempenho dos resultados nas atividades. A aprendizagem ocorre de forma provocada por situações externas.

Cognição remonta as estruturas biológicas, a estrutura biológica se faz psicológica na interação com o meio e se faz cognitiva na interação com o meio sem nunca deixar de ser biológica.

Conhecimento, o conhecimento não vem pronto, nem imposto pelo meio, acontece com interação entre condições internas do sujeito e do meio.  É na interação com o objeto que o sujeito constrói sua aprendizagem

Construtivismo valoriza a ação do sujeito, esta ação é essencial para que haja aprendizagem, pois é na interação com o objeto que o sujeito constrói sua aprendizagem.

Desenvolvimento é um processo espontâneo que está ligado a embriogênese.  O desenvolvimento explica a aprendizagem.  Se dá por sucessivas aprendizagens.

Embriogênese desenvolvimento do corpo do sistema nervoso e das funções mentais.

Epistemologia genética é o estudo da origem do conhecimento humano, criada pelo biólogo francês Jean Piaget (1896- 1980). O texto é bem complexo, necessitando de bastante reflexão. Mas pelo que li e entendi essa teoria defende que todas as características e as capacidades de conhecimentos que adquirimos, assim como as transformações no desenvolvimento humano são resultados dos processos de maturação e de aprendizagem.

Equilibração ou autorregulação que seria a organização atividades mentais a partir dos conflitos chamados por ele de conflitos cognitivos que temos com o meio.

Estádio é o lugar onde acontecem coisas interessantes, é um tempo em que acontecem coisas importantes.  As pessoas passam por diversos estádios pois precisam destes contextos para desenvolver-se como indivíduo.

Espontâneo (é aquilo que não é determinado pelos estímulos escolares, mas que de modo nenhum é independente dos estímulos sociais).

Maturação nada mais é do que o resultado dos processos orgânicos ou das mudanças que ocorrem dentro dos indivíduos. Essas mudanças independem das condições ou experiência externa. Esse desenvolvimento é uma continuação da embriogênese;

Objeto para Piaget é a totalidade do que o sujeito não. É o meio, o cotidiano e todas as relações sociais.

Papel da experiência dos efeitos do ambiente físico na estrutura da inteligência.

Psicologia genética se refere ao desenvolvimento individual a ontogenia.

Transmissão social em sentido amplo transmissão por linguagem, educação, etc.





Referencias:
MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Epistemologia Genética. In: SARMENTO, Dirléia Fanfa; RAPOPORT, Andrea e FOSSATTI, Paulo (orgs). Psicologia e educação: perspectivas teóricas e implicações educacionais. Canoas: Salles, 2008. p.17-26
PIAGET, Jean. Development and learning. In LAVATTELLY, C. S. e STENDLER, F. Reading in child behavior and development. New York: Hartcourt Brace Janovich, 1972. (Trad.: Paulo F. Slomp, prof. FACED/UFRGS. Revisão: Fernando Becker, PPGEdu-UFRGS). Para uso na aula de Psicologia da Educação: Aprendizagem (EDU-01051) do Prof. Fernando Becker (2007/2)

Introdução à Psicologia do Desenvolvimento, Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=7GEV7HOsETM . acesso em 10 de janeiro de 18.

BECKER, Fernando. Jean Piaget: Aprendizagem e Conhecimento Escolar, Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=R_XTeXesslI>. Acesso em 10 de janeiro de 18.