domingo, 6 de novembro de 2016

CLASSIFICANDO - JOGO DAS BORBOLETAS COLORIDAS


Jogo das borboletas coloridas
Atividade realizada com crianças de 2 anos e meio e 3 anos, em grupos de 2 ou três crianças. 

Materiais
- borboletas E flores coloridas pequenas e grandes (de cada cor 2 iguais de cada forma e tamanho) 
-Procedimentos
- Oferecer as crianças as peças e pedir a elas que me ajudem a arrumar (nesse momento observar).
- Perguntar o que você fez? Por que fez assim? Pode arrumar de outro jeito?



  

 Com a distribuição dos materiais foram criadas várias configurações, 





por cores


só flores, 








só borboletas

                                                                                                     
no verso todas têm a mesma cor

                                                                                           






                                                                                                                                                                                         


Algumas crianças ainda não verbalizam suas ações, mas a Antônia pediu ao colega: "quero rosa", o colega cedeu ela comparou, eu perguntei: "o que está fazendo?" Ela mostrou-me 2 flores iguais, e disse:  "igual" e em seguida organizou colocando juntas as que são iguais em forma, cor e tamanho. 







Pude perceber nessa atividade que mesmo não verbalizando, as crianças classificaram as figuras, levando em conta uma ou mais de suas características em comum.
Classificar é ciência pois é necessário observar, comparar, estabelecer relações entre os itens, objetos, elementos, seres, fatos ou o que mais se desejar estudar. A classificação é importantíssima para as investigações científicas em qualquer área.  

MISTURANDO AS CORES



Experimento: misturando as cores
Atividade realizada com 5 crianças de 3 anos. Na minha turma tem crianças de 1 a 3 anos, preferi realizar a atividade com os maiores.
Justificativa: As cores têm grande importância na natureza, para os animais para os vegetais e para os seres humanos. Através da cor podemos identificar o estado de alimentos, como por exemplo maturação das frutas, alguns animais mudam de cor para se protegerem, para atrair parceiros ou em decorrência da idade.
Objetivos: Reconhecer que cores (secundárias) podem ser resultantes da mistura de outras cores (primárias)
Materiais
1º momento: - massa de modelar nas cores primárias 
2º momento: - tintas nas cores primárias
                     - potinhos (sucata para misturar as tintas
                     - palitos de picolé
                     - folhas de papel branco
Ações anteriores ao experimento
 - Contação da história “No Reino das Borboletas Brancas” Marli Assunção Gomes Pereira.
- Conversa dirigida propondo a identificação das cores.
   
Procedimentos:
1º momento
- Combinação: vamos trabalhar todos como a prof vai falando e fazendo cada um vai fazer com sua massinha para ver o que vai acontecer.
- Oferecer as crianças massa de modelar nas cores primárias.
- Pegar um pedacinho de massinha amarela e um pedacinho de massinha vermelha, misturar e amassar. Fazer o mesmo com azul e amarela e com azul e vermelha.
- Conforme forem misturando, observo suas reações e comentários e faço questionamentos como “o que está acontecendo? ” “Que cor apareceu? ” “Quais as cores que foram misturadas? ” “ O mesmo aconteceu com a mistura dos colegas? ” “Ficou igual? ”
2º momento
- Perguntar: Será que isso só acontece quando misturamos as massinhas? E se misturarmos tintas, também vão mudar de cor? A azul e a amarela ficarão verde?
- Oferecer a uns 3 potinhos e pingar neles tintas nas cores amarela e vermelha, azul e amarela, azul e vermelha.
- Pedir que misturem com palitos de picolé
- Conforme forem misturando, observo suas reações e comentários e faço questionamentos como “o que está acontecendo? ” “Que cor apareceu? ” “Quais as cores que foram misturadas? ” “ O mesmo aconteceu com a mistura dos colegas? ” “Ficou igual a dos colegas? ” “ Ficou da mesma cor que a massinha? ”
- Registrar em folha branca.  
Reações, falas e aprendizagens das crianças: logo no início, ao começar as orientações procurei dar um tom de mistério ao que estava propondo, dizendo-lhes que queria descobrir muitas cores  como as das flores e borboletas da história, o reino das borboletas brancas, para envolve-los  nas atividades seguintes. Das 5 crianças 1 não quis misturar a massinha. Utilizando-a da forma que preferiu. Outro resistiu um pouco mas percebendo o que os demais estavam fazendo, também participou. E os comentários logo começaram:  “olha Prof Gi, tá ficando laranja! ” “É o meu também! ” “O Arthur não quer fazer Prof Gi! ”  Respondi que em outro dia ele vai fazer. Sem muita necessidade de intervenções foram realizando a atividade e fazendo comentários pertinentes. No final Giovani juntou todas as massinhas.  E o Arthur continuou sem misturá-las. Mas estava prestando atenção no que os colegas fizeram. 
Quando perguntei se misturássemos as tintas também mudariam de cor, demostraram interesse em misturá-las, dizendo que mudariam de cor, e se teriam as mesmas cores das massinhas, disseram que sim, a Bianca disse: “quero ver! ”. E as tintas o Arthur aceitou misturar. Foram misturando e comparando: “ficou igual! ” “A mesma cor! ”
Após registramos em uma folha branca a mistura das tintas e colamos um pedaço da massinha, deixei exposto na sala, após alguns dias eles olham e comentam a atividade quando utilizam massa de modelar eles experimentam novamente.
Reflexões: na educação infantil, mais precisamente nessa faixa etária, as crianças são muito curiosas, porém o tempo que conseguem manter-se em uma atividade é bem curto, o que os leva a participarem é geralmente, uma história, um personagem, algo concreto ou lúdico e as interações com os colegas. Foi muito bom vê-los entusiasmados ao realizar a experiência e também nos dias seguintes perceber em suas falas que realmente aprenderam, e continuam elaborando esse conhecimento quando retornam ao relato exposto e novamente misturando as massinhas para constatar que novas cores surgirão. Também já misturamos com branco. "Fica bem clarinho!" Dizem eles.   

                                                                         
                                                                                           


   




                                                                 
                                                  

OBJETOS DIGITAIS



Atividade realizada com crianças de 1 a 3 anos.
Nos últimos dias realizamos muitas atividades a partir da história “No Reino das Borboletas Brancas”, em minha turma, entre elas tralhamos com uma sacola surpresa, para fazer um cartaz coletivo representando a história.
Materiais:
- Uma sacola
- Flores e borboletas de papel brancas e coloridas, que foram pintadas pelas crianças e recortadas pela professora
- Dois cartazes em cartolina, representando o início e o final da história.
- Cola
Procedimento:
Após contar a história e realizar outras atividades, propor o seguinte:
- Vamos colar borboletas e flores em seus devidos lugares, as borboletas na parte azul que é o céu e as flores na parte verde que é a grama do jardim do reino das borboletas. As brancas em um cartaz e as coloridas, que vocês pintaram, no outro. Para termos Reino das Borboletas Brancas e O Reino das Borboletas coloridas.
- Cada criança coloca a mão na sacola e pega uma flor ou borboleta olha, observa e coloca no lugar combinado. Para isso são algumas perguntas como: o que você pegou? É branca ou colorida? Onde vamos colocar?

                                  .
                     
Realizando essa atividade as crianças observaram, e classificaram como flores ou borboletas, brancas ou coloridas, assim formando 4 diferentes grupos por suas características, estabelecendo relação de pertinência Algumas crianças ainda observaram que haviam borboletas grandes e pequenas e que em um cartaz ficou com mais figuras que no outro dizendo “aqui tem muito!"                                                                                                                                                                       



post 16/11/2016

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Medo de Escrever


            Neste início de semestre, estamos trabalhando em relação a importância da escrita, principalmente no que diz respeito ao portfólio e a síntese reflexiva. Compreendo a importância destes, porém encontro grande dificuldade para desenvolver a escrita. O que consequentemente resulta no empobrecimento do portfólio e da síntese, já que estão intimamente ligados.  Gosto de ler e admiro quem escreve, sempre considerei muito difícil escrever, reconheço que quando o faço geralmente consigo resultados satisfatórios, mas é difícil começar, os pensamentos se confundem. Então chega o medo, a insegurança e até a vergonha já que não gosto muito de me expor, evito falar em público, e penso que através da escrita minha fala toma proporção muito maior. Quando escrevo me comprometo, corro riscos, como se estivesse dando vida aos meus pensamentos, que não mais serão meus e como filhos crescidos ganharão o mundo e ao encontrarem outras pessoas, estas com eles se relacionarão. E assim uma parte de mim estará fora do meu controle.  
            Geralmente quando me pergunto ou sou questionada por alguém como fazer algo a resposta é fazendo.  Isso vale para a maioria das coisas. Como perder o medo de dirigir? Dirigindo. Como pintar? Pintando. Como dançar? Dançando. Como aprender a cozinhar? Cozinhando...  Seguindo essa lógica, quando a pergunta é como escrever? A resposta deve ser escrevendo. Sim exercitar a escrita sua parte técnica, tipos de textos, estrutura, concordância, gramatica, ortografia. Saber usar as ferramentas que temos disponível, mas não é só isso também é preciso clareza no que se pretende informar consistência nas argumentações, é nessa parte que o medo aparece será que está claro? Será entenderão o que eu digo? E as referências. De onde veio isso? Onde li? Onde ouvi? Pensei agora? 
              No segundo encontro, tivemos a oportunidade, de pensar e falar sobre a escrita e o medo de escrever.  Me identifiquei com o assunto e vi que não sou a única, algumas colegas expressaram esse mesmo sentimento, já não me sinto tão só.



Gaiolas ou Asas?


É sempre prazeroso e inspirador encontrar Rubem Alves, seu olhar sensível e profundo acerca da educação e do fazer educativo comove e inspira a nos professores nas oportunidades em que bebemos desta fonte. No terceiro encontro do SI tivemos a oportunidade de reencontrá-lo através do texto Gaiolas ou Asas e do documentário – Rubem Alves – O Professor de Espantos. Em cada encontro, a cada texto dele que leio, sinto me impelida a ser uma professora melhor. Mesmo que muitas vezes me sinta também engaiolada, conheço o prazer do voo, e o prazer deve ser perseguido tanto por alunos como por professores. Pois nada se aprende sem que se tenha interesse em aprender, e só nos interessamos pelo que gostamos, pelo que nos encanta ou nos espanta, como diz Rubem Alves. E que muitas vezes esta tão próximo que pode passar despercebido se não tivermos a disponibilidade de ouvir nossos alunos e ao invés de dar respostas, deixar que eles criem hipóteses e busquem as respostas.Espero um dia poder dizer que trabalho em uma escola que realmente respeita e incentiva o voo. 

Impossível não Falar



           Estou em falta com o blog, ainda não publiquei nada nesse semestre. Porém não posso deixar de relatar um momento que emocionou. Na  noite de 04 de outubro, fui a um evento na FACED - Conversa com quem gosta de brincar na perspectiva da Pedagogia Waldorf- em que a professora Leda Maffioletti, que no semestre passado trabalhou conosco no PEAD a interdisciplina Música na escola, era coordenadora adjunta. E nessa noite foi homenageada pelo grupo que trabalhou no evento, por seu trabalho que estava se encerrando pois estava se despedindo para gozar de sua aposentadoria. 
          Eu como aluna senti-me grata por ter tido a oportunidade de ter estado em sua presença, ser contagiada por sua alegria que fizeram das poucas aulas presenciais que tivemos momentos inesquecíveis. E ao mesmo tempo lamentei por saber que não a teremos novamente como professora. O que também não posso deixar de registrar aqui é que a alegria e disposição contagiante da professora Leda, foram no Eixo III motivo de admiração e de inspiração para mim e com certeza para muitas colegas também. E muito bom ver uma professora prestes a se aposentar com tamanha capacidade de encantar seus alunos.
             Obrigada, obrigada, obrigada!




terça-feira, 26 de julho de 2016

O jogo do planejamento e o planejamento do jogo

Jogando com as fotos da turma 

Turma: berçário e maternal l – 1 ano e 6 meses à 3 anos
Objetivos:  -  Reconhecer o colega na foto e pronunciar o seu nome.
                    -  Manifestar carinho pelos colegas.
                    -  Esperar sua vez.
Metodologia: Crianças sentadas em círculo. Dispor as fotos viradas para baixo. E ao lado as fichas com as ilustrações. Indicar uma criança para virar uma ficha com foto. Vira a ficha, fala o nome do colega, dirige-se as outras fichas vira uma e realiza ação indicada por ela, abraçando ou fazendo um carinho ao colega da foto e entregando a ele a foto. Este vira a próxima ficha, fala o nome do colega dirige-se a ele e dá um abraço. E assim sucessivamente até que todos tenham participado.
Materiais: - Fichas com fotos dos alunos acompanhadas do nome (pode ser da chamadinha)
                   - Outras duas fichas com ilustração de um abraço e de carinho.
Realizei o jogo com os alunos duas vezes.
No primeiro dia foi um pouco difícil, demoraram para entender as regras e como já esperado, tiveram dificuldade de esperar sua vez. Reconhecem os colegas sabem seus nomes, exercitaram a pronúncia.  
No segundo dia já participaram com mais tranquilidade. A maioria, cada um a seu modo, já que a turma é composta de crianças de idades e fases de desenvolvimento bem diferentes, conseguiu realizar todas as ações, atingindo os objetivos elaborados.
Com crianças pequenas é comum ser necessário realizar mais de uma vez uma atividade, para alcançar os objetivos. E algumas vezes é preciso dividir a turma para a realização de forma satisfatória. 


segunda-feira, 18 de julho de 2016

Lendas, Parlendas e Trava-línguas

LENDAS
Lenda é uma narrativa de cunho popular que é transmitida, principalmente de forma oral, de geração para geração. As lendas não podem ser comprovadas cientificamente, pois são frutos da imaginação das pessoas que as criaram.



       














 




PARLENDAS
As parlendas são conjuntos de palavras com arrumação rítmica em forma de verso, que podem rimar ou não. Geralmente envolvem alguma brincadeira, jogo, ou movimento corporal.














TRAVA-LÍNGUAS
Os trava-línguas brincam com o som, a forma gráfica e o significado das palavras. A sonoridade, a cadência e o ritmo dessas composições encantam adultos e crianças. O grande desafio é recitá-los sem tropeços na pronúncia das palavras.




Referências:

http://www.suapesquisa.com/o_que_e/lenda.htm
http://alfabetizandocommonicaeturma.blogspot.com.br/2011/08/lendas-gauchas.html
https://ensfundamental1.files.wordpress.com/2010/07/trava-linguas.gif
http://sosplaneta.pbworks.com/w/page/68004962/FOLCLORE
http://brinquedoteca.net.br/?page_id=65

domingo, 17 de julho de 2016

Era uma vez...

Era uma vez...há muitos anos atrás, em diferentes lugares do mundo, as pessoas se reuniam para contar e ouvir histórias, mas essas histórias, ainda não estavam nos livros.  Eram passadas de pais para filhos. Eram contadas geralmente por pessoas simples do povo. Essas histórias ajudavam a explicar as situações e os problemas do cotidiano. Quando surgiram não eram histórias para crianças. Pois poucas coisas eram feitas especialmente para elas, naquela época. Com o passar do tempo, foram se transformando e despertando o interesse das crianças por elas. Alguns escritores resolveram escrevê-las, para que não se perdessem e que continuassem a ser contadas e recontadas por muito tempo. Os mais conhecidos desses escritores são: Charles Perrault (na França), Wilhelm e Jacob Grimm (na Alemanha) e Christian Andersen (na Dinamarca), que pesquisaram e reuniram em livros os contos populares. Perrault além dos contos que pesquisou, escreveu outros de sua autoria. Então surgiu a literatura infantil a partir desses contos que foram denominados  Contos de Fadas, por serem histórias povoadas por reis, rainhas, princesas e príncipes como a Bela adormecida. Contam com a presença de seres e objetos com poderes mágicos, como fadas e bruxas, ou ainda com animais que assumem características humanas como o lobo que fala com a Chapeuzinho vermelho.  Nessas histórias o personagem principal, geralmente indefeso, precisa vencer algumas provas e para isso conta com a sorte, com a astúcia ou com a ajuda de um ser mágico, para que consiga se superar e alcançar a felicidade. Desde então esses contos vêm encantando e povoando o imaginário das crianças. São contadas de diversas formas, como: livros filmes e desenhos animados. E auxiliam no amadurecimento emocional e psicológico, através de uma linguagem simbólica que leva a criança a se identificar com os personagens, e assim, lidar com seus medos e angústias, e acreditar que tudo poderá terminar bem. Ainda hoje eles  servem de inspiração para muitas outras histórias. Eu acredito que por muitos e muitos anos ainda poderemos dizer: “e foram felizes para sempre”. Pois a literatura nos permite isso. 

Brincando e Aprendendo com a Poesia


Turma: Berçário e maternal I – 1 ano e 6 meses a 3 anos
Objetivos
- Descobrir o prazer no contato com a literatura através do poema.
- Oportunizar a observação de algumas características e o estabelecimento de algumas diferenças e semelhanças entre os animais.
- Oportunizar a manipulação de diversos materiais explorando suas características e propriedades.  
- Promover a ampliação do vocabulário.
Atividades
- Procurar, manusear e compartilhar elefantes de brinquedo existentes na sala.                                 - Confeccionar um elefante em feltro
 - Ouvir o poema “O Elefantinho” (Vinicius de Moraes)
 - Conversa dirigida sobre as personagens do poema.
Desenvolvimento
- Um elefante feito em dobradura é a novidade na sala.
- Pedir as crianças que procurem na sala nos brinquedos outros elefantes.
- Ler o poema
­- Como é o elefantinho? Tem orelhas? Quantas? E patas? E o tamanho? ...  E o passarinho como é? ...
- Convidar as crianças para encher as partes de feltro para montar o elefante.
- Brincar com o elefante depois de montado e retomar o poema, expondo ele na sala.



                              
Registros
Relato e reflexões
Na minha turma, uma turma mista de berçário e maternal l, estamos trabalhando o projeto descobrindo o mundo com os animais. No qual utilizamos histórias, músicas, poemas e brincadeiras com esse tema.
O poema escolhido, já estava entre os que seriam trabalhados no projeto. Realizei as atividades em dois dias. No primeiro, reunidos na rodinha chamei a atenção das crianças para o elefante de dobradura, que já haviam observado anteriormente, convidei-os a procurar outros elefantes na sala (deixei em lugares bem acessíveis). Foram entusiasmados. Encontraram dois de pelúcia, um de plástico bem pequeno e outro um pouco maior, também um de borracha (mordedor), trouxeram para a rodinha e compartilharam. Então li o poema para eles, li e repeti. Em seguida convidei-os para encher com fibra as partes para o elefante de feltro. Enchemos com a ajuda de minhas colegas que me ajudaram a supervisionar o trabalho.  As crianças gostaram.
No dia seguinte levei o elefante montado, ao chegarem as crianças já o avistaram e logo começaram a brincar, como elefante e com um passarinho feito em tecido. Após a chegada de todos, na rodinha retomamos o poema. Coloquei exposto ao lado do elefante em dobradura o poema escrito dizendo a eles que era o poema do elefantinho então dei continuidade a conversa dirigida. Fizeram boas observações, quanto ao elefante e o passarinho, o tamanho e as características: “passarinho voa. Elefante é grandão. Elefante tem tromba, Passarinho tem asa, duas”. Após manusearam o elefante que confeccionamos, colocavam ao lado da dobradura exposta comparando. A Antônia e o Giovani passavam o dedinho sobre o poema escrito.
Considero que as atividades foram muito significativas, visto que pude observar o encantamento das crianças na realização delas e após vários dias ainda quando brincam com o elefante, me pedem para repetir o poema e muitos completam-no com os últimos versos com muita alegria e entusiasmo. 








sábado, 16 de julho de 2016

Aprendendo sobre Música

Ao saber que Música na Escola seria uma das interdisciplinas do semestre fiquei muito curiosa e apreensiva, pois gosto muito de música, que é conteúdo obrigatório na educação básica e que por muito tempo foi usada como um recurso. Como meio de estabelecer rotinas, em apresentações, em datas comemorativas, como coadjuvante nas atividades motoras ou ainda como prêmio após todas as outras atividades serem realizadas. Em nossa primeira aula presencial experimentamos algumas atividades que pelo que pude sentir, perceber em aula e pelo que as colegas relataram nos fóruns, todas consideraram muito agradáveis e divertidas.  Eu já havia brincado de Escravos de Jó de outras formas, mas não em roda como fizemos na aula. No dia seguinte na escola propus para 3 de meus alunos de 2 e 3 anos (meus alunos têm de 1 ano e 6 meses a 3 anos, nem todos se interessam pelas mesmas atividades ao mesmo tempo), logo aprenderam e aos poucos o grupo foi ficando maior. Agora já é uma daquelas atividades que repetimos com frequência. Também tenho visto de maneira diferente quando as crianças se utilizam de alguns objetos, como colheres ou alguns brinquedos para produzir sons. O que antes parecia bagunça hoje vejo como uma experimentação rica em significados e quando isso acontece faço intervenções para ampliar a brincadeira. Outro dia algumas crianças começaram a bater com peças de um jogo no chão, então sugeri marcarmos algumas sílabas de uma música que já conheciam. Fiquei encantada com o resultado, alguns acompanharam direitinho.
Um dos textos que me chamou atenção foi “O canto espontâneo da criança de zero a seis anos: dos balbucios às canções transcendentes” (PARIZZI,2006) mesmo já tendo observado os aspectos descritos no texto, em crianças bem pequenas, não tinha conhecimento de que eram tão carregados de significados, que obedecem um padrão de desenvolvimento e que acontecem com todas as crianças, claro que cada um a seu modo, e de acordo com os estímulos oferecidos.   Observava apenas como exercícios de desenvolvimento da linguagem, desenvolvimento motor ou como uma brincadeira espontânea e não como produção musical.
O que me deixou apreensiva no início do semestre foi que não tinha nenhum conhecimento técnico sobre música, não sei tocar nenhum instrumento e sou uma daquelas professoras que me identifico com a fala citada no texto: “Minha voz, tua voz: falando e cantando na sala de aula”(BELLOCHIO, 2011), muitas vezes digo: “não tenho dom para cantar, minha voz é feia, desafinada...” Só canto com meus alunos pequenos e, em alguns momentos, quando estou sozinha. Algumas dicas do texto já experimentei como gravar minha voz de diferentes formas. Entendi que para trabalhar com música, não se faz tão necessário saber cantar, mas saber ouvir. Não pretendo me tornar uma cantora, mas gostaria de lidar com minha voz e com a música com um pouco mais de segurança e desenvoltura para melhor contribuir para o desenvolvimento de meus pequenos.
O cuidado com a voz do professor abordado pelo filme Minha Voz, Minha Vida, considerei de extrema importância para a saúde do professor. Levei o assunto para minhas colegas de trabalho e tenho percebido que elas estão tomando mais cuidado com o uso da voz e eu também.
Os conhecimentos adquiridos nessa interdisciplina com certeza farão a diferença em minha pratica daqui para a frente. Aprendi e continuarei aprendendo. Os textos da coletânea que já li, considerei muito ricos e sei que muito me beneficiarei deles em minha prática profissional.


Referencias:
BELLOCHIO, C. R. Minha voz, tua voz: falando e cantando na sala de aula. Música na Educação Básica, v. 3, n. 3, p. 56-67, 2011.
PARIZZI, Maria Betânia. O canto espontâneo da criança de zero a seis anos: dos balbucios às canções transcendentes. Revista da ABEM, Porto Alegre, V. 15, 39-48, set. 2006.

Minha Voz, Minha Vida. Direção Deivison Fiuza. Produção Marcos Verdugo. Aranhas Films, 2011. https://www.youtube.com/watch?v=d9e4oHqtIXY    

Brincar na Escola



               Muitas vezes o brincar na escola é questionado, pelos pais e até mesmo por alguns professores, por ser uma atividade prazerosa é visto como uma atividade de menor importância, perda de tempo. Brincar não só é importante, como também é um direito da criança, sua primeira forma de expressão, sua linguagem natural. Brincando a criança se desenvolve em todos os aspectos. Na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental as atividades lúdicas são de extrema importância, pois através delas a criança se relaciona e dá significado ao seu mundo.               
              No sec. XIX, pesquisadores como Piaget, Wallon e Vygotsky, procuraram compreender como as crianças aprendem e como se relacionam, com o meio e com a cultura. Suas pesquisas, mesmo que de formas diferentes, passam pela investigação do brincar infantil, confirmando o jogo e as interações como meio de aprendizagem.  Suas pesquisas têm embasado o trabalho de muitos professores e pesquisadores que ao longo dos tempos veem confirmando suas teorias na prática. Muito ainda precisamos conhecer sobre como a criança se desenvolve e aprende. Mas já sabemos que ela muito se beneficia do brincar. Tanto do brincar que ofertado pelo professor, o jogo planejado, com regras definidas com intencionalidade dirigido para um saber especifico, como do brincar mais livre aquele em que a criança busca prazer e diversão, este não deve ser considerado menos importante.
               Ao brincar a criança dá significado as suas vivências, experencia e consolida conceitos fundamentais para suas aprendizagens futuras. Ao brincar no pátio, na pracinha ou em outros espaços que lhe oportunizem subir descer, escorregar, balançar-se, equilibrar-se e movimentar-se de várias formas ela desenvolve sua coordenação motora ampla e orientação espacial. Brincando na areia com baldinhos e potinhos estabelece relações matemáticas como tamanho, proporção, peso e quantidade. Brincando de esconder, pular corda, amarelinha aprende a contar. Quando conta quantos colegas estão brincando ou as casas de uma trilha, relaciona o número a quantidade.  
                O jogo simbólico, o faz de conta, as dramatizações, a partir de histórias que ouviu ou de fatos do cotidiano, levam a criança a substituir um objeto por outro, depois imaginá-lo na sua ausência, habilidade essa que será muito útil na resolução de problemas e questões matemáticas. Mais uma vez o aprendizado da matemática, onde se encontra tantas dificuldades, se beneficiando das brincadeiras. Aprende a se relacionar com o outro, resolvendo conflitos, aprende a ceder e a argumentar, estabelecendo relações amigáveis. Amplia o vocabulário, a capacidade de se comunicar e se expressar oralmente, falando, ouvindo e atribuindo sentido as sensações e aos pensamentos por meio da linguagem. Aprendendo, negociando e inventando regras para jogos e brincadeiras que conhece e por vezes criando outros, adquire autonomia ao brincar e se comunicar com seus pares. Reconhece a si e ao outro como parte de um grupo. Brincando com cantigas de roda parlendas, lendas e histórias   se apropriam dessas manifestações culturais. Desenvolve-se cognitiva e corporalmente, exercitando a memória e a atenção, despertando a musicalidade, a criatividade, a fantasia e a imaginação. Habilidades que contribuirão com o aprendizado e o aprimoramento da leitura e da escrita entre outros.              
             Na escola o jogo acontece com a mediação do professor que ao trabalhar com jogos deve ofertar grande quantidade de jogos, oportunizar que todos joguem, levar em conta o interesse dos alunos, os objetivos a serem alcançados, e que os desafios apresentados estejam de acordo com as capacidades e necessidades do grupo, observar como jogam, como lidam com a questão ganhar e perder dar oportunidade para que falem sobre o jogo e discutam as regras.          
             Então brincando com seus pares e com o adulto a criança resignifica suas experiências, amplia suas habilidades estabelece relações sociais e afetivas, amadurece física e emocionalmente e adquire autonomia, o que lhe trará mais segurança em relação a suas atividades futuras.  O brincar na escola não é tempo perdido é sim, em vista de todos os argumentos apresentados, tempo ganho, aproveitado, já que oportuniza tantas aprendizagens. Nos dias atuais em que cada vez menos as crianças frequentam espaços coletivos, como ruas e parques onde antes os jogos e as brincadeiras aconteciam e para jogar e brincar é necessário que haja interação, da criança com outras crianças, com adultos e como meio, a escola é o ambiente que possibilita que essas interações aconteçam.  

Referencias
BIBIANO, Bianca, A Teoria da Diversão, NOVA ESCOLA, edição especial, setembro, 2009, pág. 12 a 15.DE VRIES, Rheta; ZAN, Betty, HILDEBRANDT, Carolin, Jogos em grupo, in O Currículo Construtivista na Educação Infantil, Práticas e atividades, trad. Vinicius Figueira - Porto Alegre: Artmed 2004.


Estádios do Desenvolvimento - características e jogos

                        

 Período Sensório-motor (0 a 2 anos)

A criança conhece o mundo através dos sentidos e do movimento. Ocorre o desenvolvimento físico de forma acelerada.
Nessa fase de brincadeiras de esconde-esconde com a fraldinha, primeiro escondendo o bebê depois escondendo objetos, pegar e jogar objetos repetidas vezes e bater palminhas são exemplos de jogos de exercício muito apreciados. Mordedores, chocalhos e brinquedos de diferentes materiais, formas cores e texturas, sobre os quais a criança possa agir, pegar, empurrar, puxar, atirar, arremessar, são apreciados.

Período Pré-operatório (2 a 7 anos)

A aquisição e o domínio da linguagem é a característica principal desse período e com ela vem o jogo simbólico, a imitação e o animismo. Ocorre também grande desenvolvimento motor.
Nessa fase o jogo simbólico é o mais presente, a criança assume papéis variados, imitando ações dos adultos, assume personagens, imita animais. Brinquedos e objetos que remetem a atividades ou profissões ou atividades com as quais estejam familiarizadas, auxiliam o jogo.  A medida que o jogo avança passa a usar um objeto para representar outro, como uma caixa pode ser um carro ou um barco, um pote pode ser um chapéu ou capacete, um palito um sorvete ou chimarrão. Atividades que envolvem movimento como brincadeiras de roda, jogos de encaixe que permitem construções e as idas a pracinha que permitem a utilização e o aprimoramento das habilidades motoras são apreciados.

 Período Operatório Concreto (7 a 11 anos)

O desenvolvimento do pensamento lógico e as relações sociais são características dessa fase. Jogos com regras e que estimulem o raciocínio são apreciados. Como por exemplo: bolinhas de gude, cinco marias, jogos de tabuleiro, como dama e trilhas e jogos ao ar livre como, caçador, queimada e jogo de tacos.

Período operatório formal (a partir dos 11 aos)

Desenvolvimento dom pensamento abstrato, já não necessita do objeto concreto, já compreende regras e cria hipóteses. São próprios para essa fase jogos de perguntas e respostas, cartas, jogos no computador, xadrez, jogos e competições esportivas.

 

Música, música...

                          “Música é alegria/Ela vem, faz se vai nostalgia/ Música nos ajuda a viver          a sorrir/ mais amor pela vida sentir/ Música, música...”                                                                                                                                         (Nanci Wanderley, Chocolate e Chico Anísio)
Os primeiros versos, ou mesmo os primeiros acordes de Hino ao Músico de Chico Anísio, já começam a dizer o quanto a música é presente e pode nos influenciar e emocionar.  E comigo não é diferente, não considero que sei cantar, não toco nenhum instrumento, nunca tive aula de música, mas a música me acompanha. Sempre que posso ouço música, de épocas e estilos variados, gosto de ouvir CDs, DVDs, assistir programas musicais e que falem de música e também competições musicais.
Músicas contam histórias, falam de uma época, de um povo, de um momento histórico. Costumo dizer que para nossa vida tem uma trilha sonora, para cada acontecimento tem uma canção, como em filmes e novelas. Com o passar do tempo, ao ouvi-la novamente logo recordamos aqueles momentos que um dia relacionamos a ela, como a infância, o namoro, a chegada dos filhos, formatura... Relaciono músicas até com textos e livros que leio. No meu trabalho com crianças pequenas (1 a 3 anos), a música é sempre presente, pois estimula várias áreas, como a linguagem, o movimento, ritmo, equilíbrio, também auxilia no estabelecimento de rotinas, acalma e traz informações. Não é raro observar crianças em momentos livres e em momentos de descanso cantando. E mesmo que ouçam CDs e DVDs geralmente cantam espontaneamente aquelas que ouvem cantadas pelas professoras.
Considero importante proporcionar aos alunos contato com vários estilos e ritmos musicais. Nas ocasiões em que trabalhei com crianças maiores procurei saber o que gostavam de ouvir e apresentar a eles músicas que ainda não conheciam, relacionando-as aos conteúdos a serem trabalhados, algumas vezes renderam ótimos trabalhos e descobertas.
Ao ouvir “A Velha a Fiar”, fui levada a uma viagem no tempo de mais de 40 anos, quando meu pai nos colocava no colo e cantava esta e outras canções. Também já trabalhamos ela na escola com as crianças do jardim, fizeram uma dramatização para apresentar para as outras turmas, gostam muito desse tipo de atividade.


Visitando os blogs



            Na atividade da segunda aula do Seminário Integrador III, fomos convidadas a visitar os blogs de três colegas. Já tenho o hábito de ler as postagens dos blogs, mas desta vez foi diferente. Deveríamos eleger postagens, considerando o(s) conteúdo(s), o(s) argumentos e a consistência de ideias. Comentá-las e fazer sugestões.
            A princípio pareceu um pouco constrangedor, fazer comentários sobre os textos das colegas, mas logo pensei, se acredito, no que diz respeito aos meus alunos que “a aprendizagem se dá na interação com o outro e com o meio”, ler e comentar os textos das colegas e ter meus textos lidos e comentados é uma forma de interagir em que todos podemos crescer com as observações feitas.  

            Já fiz com alunos uma atividade como esta, mas eu nunca havia feito. Considerei muito proveitosa a tarefa, e acredito que todos nos beneficiamos nessas interações. 

Cinema Acessível


Acessibilidade é um direito de todos assegurado na constituição, sabemos que no dia-a-dia pessoas portadoras de necessidades especiais ainda encontram muitas barreiras.  Pois nem todos os espaços e serviços são ofertados adequadamente. Alguns dias atrás assisti a uma reportagem que mostrava uma seção de cinema em Porto Alegre, adaptada à cegos e surdos, usando legendas, Libras e audiodescrição do filme. Ao assistir tive dois sentimentos diferentes. Primeiro fiquei contente com a possibilidade de pessoas surdas e cegas poderem apreciar essa arte que eu gosto tanto com mais autonomia. Em seguida, junto ao contentamento veio a constatação de que ainda muitos são privados desse prazer. Já existem aplicativos para serem utilizados em celulares ou tablets para serem usados em cinemas, mas poucas ainda são as salas que adaptadas a oferecer essa possibilidade. Já percebi que em alguns eventos, realizados até mesmo por escolas e universidades como formaturas, pessoas surdas e cegas, são privadas de aproveitar de forma integral o momento. Então mais uma vez a certeza que muito ainda precisa ser feito para que a acessibilidade seja efetivamente garantida a todos a em todos os espaços e situações.

domingo, 12 de junho de 2016

Novamente Pensando na Saúde


        No mês passado na sexta-feira que antecedeu ao dia das mães, ouvi uma notícia que me deixou pensativa. Uma professora, de 40 anos, mãe de três filhos menores de 12 anos, estudante de pedagogia como nós, que no sábado faria as fotos para sua formatura, marcada para agosto próximo. Ela após um mês cuidando de sua mãe que estava doente, hospitalizada e veio a falecer no dia primeiro de maio, acordou naquela sexta-feira, disse ao seu marido que sentia uma leve dor na garganta, provavelmente seria uma gripe, depois de tantos dias de idas e vindas ao hospital. Encaminhou-se para o banheiro para preparar-se para os afazeres do dia, cuidados com seus filhos, administração do lar, compromissos profissionais e acadêmicos entre outros que todas nós, mulheres conhecemos bem. Em seguida seu esposo ouvindo um barulho no banheiro, foi verificar encontrou-a caída no chão, chamou socorro e após inúteis tentativas de reanimá-la, foi constatada sua morte por infarto.
           Tendo ouvido esse relato de uma colega de trabalho minha, colega de aula dela, imediatamente lembrei-me que no semestre passado, nas primeiras aulas do seminário integrador II, a profª Cíntia ao nos propor a tabela do tempo, nos alertou para que, diante dos compromissos que começávamos a assumir com nossa vida acadêmica, deveríamos nos organizar e fazer escolhas  para realizarmos nossas atividades e damos atenção a outros aspectos de nossas vidas, como vida profissional, familiar, cuidados pessoais e cuidados com a saúde. Realmente, não raro ouço depoimentos de colegas e confesso me identifico com eles, são muitos compromissos e algumas vezes os cuidados com a saúde são negligenciados, consultas que deixamos de marcar, exames que demoramos a fazer ou protelamos o retorno ao médico para levar os resultados.

        Eu não a conhecia, mas noticia me deixou muito sensibilizada, por pensar nos sentimentos daquelas colegas que caminharam juntas trilhando um caminho como o nosso e que mesmo tendo adiado as fotos daquele sábado, fizeram-nas dias depois, na ausência física de uma colega. Tendo-a, cada uma em seu pensamento e lembrança. E também por seus filhos, que em tão tenra idade, passaram este último dia das mães sentindo uma ausência que nenhum de nós quer sentir. O meu objetivo nesse relato é o de fazer o seguinte alerta: temos que dar conta de dezenas de atribuições e compromissos que nos são imputados ou que assumimos semanalmente, sem deixar de estar atentas para a fragilidade da vida e a preciosidade que é desfrutar dela com saúde, na companhia daqueles que amamos. Cuidem-se. 




Sugestão de leitura:

http://diariodebiologia.com/2014/05/4-coisas-que-voce-pode-sentir-alguns-dias-antes-de-um-ataque-cardiaco/



domingo, 29 de maio de 2016

Pensando a inclusão - Solução ou problema?


         Em grupo fomos convidadas a responder a seguinte pergunta: Inclusão na sala de aula, uma solução ou um problema a mais para a educação?
        Em um pequeno grupo chegamos a seguinte resposta: Acreditamos que na educação hoje é um problema que como todo o problema deve caminhar para uma solução. Falta preparação para o docente e estrutura nas escolas para que a inclusão realmente aconteça. Por mais que entendamos que todos podem se beneficiar da inclusão, nos moldes que acontece hoje ainda está longe de ser considerada satisfatória e de qualidade. Para solucionar essa questão se faz necessário mais apoio ao professor para que possa atender a todos e a cada aluno. As leis existem, mas na prática ainda deixa muito a desejar.
         Levamos essa discussão para um grupo maior e as opiniões em pouco diferem dessa. Existem relatos de experiências positivas, mas as dificuldades são muitas.

         Penso que independente de ser problema ou solução muito ainda tem a ser feito e discutido para que a inclusão seja realmente efetiva.

Experiência com LIBRAS na escola


               
              Gostaria de contar uma experiência que tivemos na minha escola. Em 2009 recebemos um aluno surdo de 5 anos, ele recebia atendimentos especializados e a família foi orientada a matriculá-lo na escola. Não tínhamos conhecimento de LIBRAS, ele estava iniciando sua comunicação em LIBRAS, a professora dele a princípio ficou muito preocupada, sentia-se insegura, e até questionava os benefícios da inclusão, sentia-se como muitas colegas comentaram, despreparadas para trabalhar com ele. Ela uma profissional muito dedicada e sempre disposta a realizar um bom trabalho, logo o susto do primeiro momento deu lugar ao empenho em buscar soluções.
               Nós professores e os funcionários da escola tivemos aulas semanais em formato de oficinas com um professor surdo, para aprendermos um pouco de LIBRAS e assim podermos nos comunicar com o menino e para facilitar a comunicação com as outras crianças. Preparamos materiais como jogos, alfabetos, identificamos objetos e espaços da escola, como já fazemos na Educação Infantil, nesse caso além do nome escrito incluímos em LIBRAS.
               Assim o menino foi ampliando seu vocabulário e as demais crianças foram aprendendo LIBRAS e a comunicação e a interação entre eles começou a acontecer. Foi por pouco tempo, no ano seguinte ele passou para a EMEF Especial para Surdos, hoje Escola Bilíngue. A professora que tinha no início tinha muitas dúvidas e inseguranças, relatou-me que após essa experiência, começava a acreditar que a inclusão mesmo não sendo fácil é possível, pois percebeu que todos se beneficiaram. Numa escola inclusiva é preciso incluir e integrar todos, se não for assim, deixa de ser inclusão.


               Sei que não é fácil, que muito ainda temos que fazer, muito a aprender, os recursos são escassos, muitos alunos, cada um com suas peculiaridades, mas sendo LIBRAS, agora incluída na formação de professores, considero que seja um início. É natural o estranhamento ao que não conhecemos, mas esse estranhamento diante do novo, do desconhecido não deve nos paralisar e sim nos impulsionar em direção a superação das nossas dificuldades.